sexta-feira, 25 de agosto de 2017
Reino Monera
O Reino Monera compreende as bactérias e as cianobactérias, organismos unicelulares procariontes (sem membrana nuclear que envolve o material genético em uma série de organelas como as que existem nas células dos outros seres vivos).
Os procariontes são classificados em dois grupos, baseados na análise do RNA e em outras características: Archaea (arqueobactérias) e Bactéria, ou Eubactéria. Estes primeiras, com um número pequeno de representantes, geralmente vivem em ambientes extremos, como gêigeres, águas extremamente salinas, tratos digestórios e pântanos.
Os procariontes são classificados em dois grupos, baseados na análise do RNA e em outras características: Archaea (arqueobactérias) e Bactéria, ou Eubactéria. Estes primeiras, com um número pequeno de representantes, geralmente vivem em ambientes extremos, como gêigeres, águas extremamente salinas, tratos digestórios e pântanos.
Dependendo da literatura consultada, os grupos Archaea e Eubacteria podem ser considerados como sendo Reinos; ou Domínios.
As cianobactérias, pertencentes ao grupo das Eubacterias, formam colônias através de células que se apresentam isoladas ou agrupadas; e possuem uma membrana plasmática que envolve o citoplasma gelatinoso.
A sede da síntese de proteínas é formada pelos ribossomos, encontrados no citoplasma.
O material genético é formado por cromossomos dispersos no citoplasma. São encontradas lamelas membranosas contendo pigmentos fotossintetizantes, na porção periférica do citoplasma: xantofila (amarelo), caroteno (avermelhado), clorofila (verde), ficocianina (azul).
As cianobactérias são encontradas em água doce, água salgada, troncos de árvores, rochas, fontes termais e reproduzem-se assexuadamente por bipartição ou cissiparidade.
As bactérias são encontradas na água, no ar, no solo, nos objetos, na superfície e no interior de outros seres vivos.
As bactérias podem ser heterótrofas ou autótrofas. As heterótrofas podem realizar os vários tipos de fermentação e vários tipos de respiração, como a aeróbia e a anaeróbia.
Dentre as autótrofas existe grande diversidade de mecanismos, como a quimiossíntese e a fotossíntese.
As bactérias reproduzem-se assexuadamente por bipartição. Processo este, que origina em milhares de outras bactérias, dependendo das condições ambientais adequadas. Apresentam formas diversas como: cocos (esféricas), bacilos (alongadas), espirilos (em forma de espiral), e vibriões (forma de vírgula).
Doenças causadas por bactérias :
Reino Protista
O Reino Protista é um dos reinos da natureza, caracterizado por uma organização celular do tipo eucarionte (com núcleo organizado), cujos representantes podem ser autótrofos (produzem seu alimento através da fotossíntese), ou heterótrofos (que não fazem fotossíntese), unicelulares ou pluricelulares. Os protistas compreendem os protozoários, as algas e os mixomicetos.
Protozoários
Os protozoários são seres unicelulares e eucariontes, com estrutura que garante seu funcionamento, realizando as mesmas tarefas básicas de um animal, como respiração, digestão, circulação, excreção, em alguns até uma primitiva coordenação.
Antigamente eram classificados no reino animal, por realizarem essas funções e serem heterótrofos, no entanto, por serem unicelulares, alguns taxonomistas criaram o reino protista para reunir esses filos de organismos mais simples.
Apresentam grande variedade de formas e ocupam ambientes úmidos (os que têm vida livre) ou o interior de outros organismos. Alguns são parasitas, causadores de doenças.
Os protozoários são divididos em quatro grupos, de acordo com as estruturas locomotoras que apresentam:
- Sarcodinos – são as amebas que se locomovem por meio de pseudópodes. AEntamoeba coli, por exemplo, é um morador habitual do intestino grosso humano, onde obtém abrigo e alimento sem acarretar nem prejuízo nem benefício para seu hospedeiro. Enquanto a Entamoeba histolytica é parasita do intestino grosso do ser humano.
- Mastigóforos – locomovem-se por meio de flagelos. Alguns são parasitas,ou seja, obtêm alimento a partir da associação com outros seres vivos. Exemplos são: a giardia que parasita o intestino delgado do ser humano e o Trypanosoma cruzi, que instala-se em tecidos humanos e de outros animais, como na musculatura do coração ou na parede do tubo digestivo.
- Esporozoários – não possuem estrutura locomotora. São os plasmódios, como o causador da malária.
- Ciliados - locomovem-se por meio de cílios. Exemplos são: Vorticella, Balantidium coli, mas o mais conhecido é o paramécio, de vida livre, como a maioria dos protozoários desse grupo que não são parasitas.
As algas são organismos autótrofos, pois têm clorofila (além de outros pigmentos) e realizam fotossíntese. Já foram classificadas no reino vegetal, pela semelhança com as células vegetais, mas como são organismos mais simples e não possuem tecidos organizados, foram reagrupadas no reino protista.
São fundamentais na biosfera, pois constituem a base da cadeia alimentar aquática e realizam a maior parte da fotossíntese do planeta. Muitas são também utilizadas como alimento pelo ser humano, pois apresentam alto teor de proteínas, vitaminas e sais minerais. As mais abundantes são unicelulares, embora existam algas marinhas com mais de 30 metros de comprimento.
As algas são divididas em cinco grupos, de acordo com os pigmentos intracelulares:
- Verdes (Clorofíceas) – presença de clorofilas A e B e carotenoides, reservas de amido, parede celular de celulose. Podem ser uni ou pluricelulares. Há espécies comestíveis.
- Vermelhas (Rodofíceas) – presença de clorofila A e ficobilina, uni ou pluricelulares, filamentosas e fixadas a substratos, há espécies comestíveis. Certas algas vermelhas têm nas paredes de suas células, um material de consistência gelatinosa, denominado ágar, que é acrescentado a vários alimentos, como balas e doces. Tem ainda grande utilidade em técnicas laboratoriais, sendo empregado como componente de meios de cultura para microrganismos.
- Pardas (Feofíceas) – presença de clorofilas A e C, carotenoides e fucoxantina, parede celular com um polissacarídio, a algina, pluricelulares, há espécies comestíveis. O alginato, material preparado a partir da algina, é bastante empregado na fabricação de cosméticos, sorvetes e massa de modelagem utilizada na odontologia.
- Douradas (Crisofíceas) – formas unicelulares isoladas ou coloniais. Importantes componentes do plâncton; incluem as diatomáceas, que contêm o diatomito. Formado por sílica, o diatomito apresenta consistência porosa, sendo empregado como componente de filtros; pulverizado, pode ser adicionado como abrasivo a polidores de metal e a cremes dentais.
- Cor de fogo (Pirrofíceas) – unicelulares isoladas ou coloniais. Fazem parte do fitoplancto e inclui também dinoflagelados, responsáveis pelas marés vermelhas.
Recebem o nome de mixomicetos os organismos do reino protista que são comuns em bosques e florestas, e têm aspecto de fungo. Crescem sempre em regiões ricas em nutrientes orgânicos, e não são parasitas. Quando aparecem na água, entretanto, representam um desequilíbrio no ambiente, como é o caso, por exemplo, de excesso de matéria orgânica
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Fungos
Na natureza há diferentes tipos de fungos. Podemos dizer que eles são uma forma de vida bastante simples. Com relação às diferenças, existem aqueles que são extremamente prejudicais para a saúde do homem, causando inúmeras enfermidades e até intoxicação. Encontramos também os que parasitam vegetais mortos e cadáveres de animais em decomposição. Temos também os que são utilizados para alimento e até aqueles dos quais se pode extrair substâncias para a elaboração de medicamentos, como, por exemplo, a penicilina.
Informações sobre os fungos
Durante muitos anos, os fungos foram considerados como vegetais, porém, a partir de 1969, passaram a ser classificados em um reino à parte. Por apresentarem características próprias, tais como: não sintetizar clorofila, não possuir celulose na sua parede celular (exceto alguns fungos aquáticos), e não armazenar amido como substância de reserva, eles foram diferenciados das plantas.
Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo. Estão incluídos neste grupo organismos de dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas também muitas formas microscópicas, como bolores e leveduras. Diversos tipos agem em seres humanos causando várias doenças como, por exemplo, micoses.
Outro tipo importante de fungo é o mofo, que surge através dos espórios, células quase microscópicas que encontramos flutuando no ar. Os espórios preferem locais escuros e úmidos para realizar a reprodução. Em função desta característica, nota-se uma maior quantidade de mofo em ambientes úmidos, como paredes, gavetas, armários, etc. Estas mesmas células minúsculas também se agrupam em pães, frutas e vegetais, pois buscam alimentos em ambientes propícios para o seu desenvolvimento.
Os diversos tipos de micoses que conhecemos são originadas por microfungos, atingindo os seres humanos com maior freqüência nos países tropicais (clima úmido e quente), como no Brasil, por exemplo. Na maior parte das vezes, o tratamento para este mal é complicado por tratar-se de uma forma de vida daninha e oportunista. Mas há pesquisas avançadas e trabalhos importantes a respeito deste assunto. Muitos medicamentos estão sendo desenvolvidos com o objetivo de livrar o ser humano desta companhia desagradável e prejudicial.
Curiosidade:
Os fungos são encontrados no solo, na água, nos vegetais, em animais, no homem e em detritos em geral. O vento age como importante condutor espalhando seus propágulos e fragmentos de hifa.
Doenças causadas por fungos :
Vírus
Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNAou os dois juntos (citomegalovírus). A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso outoxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O termo vírus de computador nasceu por analogia. A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
Das 1.739.600 espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600 espécies.
Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectamprocariontes (domínios bacteria e archaea).
Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.
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O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios.
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.
A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucleico que possuem, as características do sistema que os envolvem e os tipos de células que infectam. De acordo com este sistema de classificação, existem aproximadamente, trinta grupos de vírus.
Ciclo Reprodutivo
São quatro as fases do ciclo de vida de um vírus:
1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular.
2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.
3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus.
4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias.
Curiosidades:
- Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus: hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue, poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS e catapora.
- Os antibióticos não servem para combater os vírus. Alguns tipos de remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas como método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra determinados tipos de vírus.
Taxonomia
Taxonomia
O que é ?
A Taxonomia Biológica é um ramo da Biologia voltada para a ordenação e classificação dos seres vivos. Esta ciência estuda as relações de parentescos entre os organismos e suas histórias evolutivas. A Taxonomia atua depois que ocorre a geração da árvore filogenética de um ser vivo.
A classificação dos seres vivos segue determinadas normas e princípios pré-determinados.
Importância da Taxonomia Biológica
Esta ciência é muito importante na elaboração de inventários e descrições sobre a biodiversidade de nosso planeta. Como existem milhões de seres vivos em nosso planeta, esta classificação é de extrema importância para o estudo científicos dos seres vivos.
Os taxons
Os taxons são categorias usados no sistema de classificação dos seres vivos. São eles:
- Domínio
- Reino
- Filo (em Botânica é usado Divisão)
- Classe
- Ordem
- Família
- Gênero
- Espécie
O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo.
Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação atual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia atual.
A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como paradigma central da Biologia, e com isso evidências da paleontologia sobre formas ancestrais, e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da genética molecular na comparação de códigos genéticos. Programas de computador específicos são usados na análise matemática dos dados.
Em fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado da Universidade de Harvard, onde cunhou o termo biodiversidade e participou da fundação da sociobiologia, ao defender um "projeto genoma" da biodiversidade da Terra, propôs a criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas a espécies vivas e a finalização do projeto Árvore da vida. Em contraposição a uma sistemática baseada na biologia celular e molecular, Wilson vê a necessidade da sistemática descritiva para preservar a biodiversidade.
Do ponto de vista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan Brooks, a sistemática pode trazer conhecimentos úteis na biotecnologia, e na contenção de doenças emergentes. Mais da metade das espécies do planeta é parasita, e a maioria delas ainda é desconhecida.
De acordo com a classificação vigente as espécies descritas são agrupadas em gêneros. Os gêneros são reunidos, se tiverem algumas características em comum, formando uma família. Famílias, por sua vez, são agrupadas em uma ordem. Ordens são reunidas em uma classe. Classes de seres vivos são reunidas em filos. E os filos são, finalmente, componentes de alguns dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia).
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