quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Platelmintos

Platelmintos (filo Platyhelminthes) são vermes de corpo achatado e de pouca espessura. Na região anterior, correspondente à cabeça, encontram-se estruturas sensoriais. Há diversas espécies de vida livre, que se desenvolvem na água, com poucos centímetros de comprimento, e outras maiores, de meio terrestre úmido. Muitos são parasitas.
Os platelmintos são animais dotados de órgãos definidos. Possuem o mesoderma, uma terceira camada de tecidos localizada entre a epiderme e o revestimento interno do intestino. O mesoderma dá origem a órgãos e sistemas diferenciados, como os músculos, o sistema reprodutor e o sistema excretor. Possuem cavidade digestiva dotada de apenas uma abertura – a boca, que serve tanto para a entrada de alimento como para a eliminação de materiais não digeridos. Trata-se de um sistema digestivo incompleto. Entre os platelmintos encontram-se padrões de reprodução assexuada e sexuada. Além dos platelmintos, estes tipos de vermes, estão distribuídos ainda entre os anelídeos e os nematelmintos.

Classificação dos platelmintos

  • Turbellaria – planárias
  • Trematoda – esquistossomos
  • Cestoda – tênia
Planárias – são animais de vida livre. Há espécies aquáticas, com poucos centímetros de comprimento e outros maiores, de meio terrestre úmido. A Geoplana é uma planária que alcança 20 centímetros de comprimento, vive sob as folhas e pedaços de madeira, sendo muitas vezes confundida com uma grande lesma.
Platelmintos
A reprodução das plenárias é assexuada. Tornando-se bastante grandes, algumas plenárias fixam a extremidade anterior a um substrato e sofrem um estrangulamento na região média do corpo. Com isso divide-se em duas partes e cada uma delas gera um novo indivíduo.
A planária ao se alimentar distende sua faringe sobre o alimento e inicia a ingestão. Transcorrida a digestão, os nutrientes são distribuídos pelo corpo por meio de intestino ramificado.
Esquistossomos - parasita causador da esquistossomose ou (barriga d’água) é oSchistosoma mansoni. É dióico e apresenta nítido dimorfismo sexual. O macho possui um canal - o canal ginecóforo, onde a fêmea, mais longa e delgada, permanece alojada. O hospedeiro intermediário é o caramujo, um molusco do gênero Biomphalaria. Os caramujos vivem em águas de lagoas e de córregos com pouca correnteza.
Platelmintos
O contato das pessoas com águas contaminadas torna a infecção quase obrigatória. O local da penetração é na pele, podendo apresentar vermelhidão e prurido. A fase aguda da doença pode evoluir de forma grave, com mau funcionamento do fígado, estado de coma e morte. Acredita-se que o parasita causador da esquistossomose, originário da África, tenha chegado à América com os escravos. Apenas nesses dois continentes, e em pequena região da Ásia, a doença é encontrada.
Tênia – parasita do tubo digestivo, conhecida por solitária, uma vez que cada pessoa é parasitada por apenas um exemplar da tênia. Pode chegar a 15 m de comprimento. Não possuem sistema digestivo. Absorvem os nutrientes, previamente digeridos pelo hospedeiro, através da superfície do corpo. Têm ação espoliativa e podem causar deficiência nutricional.
Platelmintos
A pessoa parasitada elimina, com as fezes, proglotes grávidas. Essas se rompem no meio externo, liberando ovos. Em condições favoráveis esses ovos mantêm sua viabilidade por vários meses. O hospedeiro intermediário da taenia suginata é o boi; da taenia solium é o porco. A contaminação se dá através da carne crua ou malpassada. No Brasil a taenia solium é a responsável pela maioria dos casos de teníase
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Descrição

Os Platyhelminthes são animais bilateralmente simétricos, em cuja anatomia o lado esquerdo e direito se espelham como imagens invertidas um do outro. Esta simetria implica que apresentam face inferior e superior distintas e que no seu corpo é possível destrinçar as extremidades anterior (cabeça) e posterior (cauda). Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, para além das características anatómicas básicas atrás apontadas, o corpo é mole e não segmentado.
Como os restantes animais com simetria bilateral (os Bilateria ou bilaterianos), os Platyhelminthes apresentam três camadas principais de células, denominadas endoderme, mesoderme e ectoderme, o que os distingue dos animais com radialmente simétricos, os cnidários e os ctenóforos, que apresentam apenas duas camadas celulares. Essa estrutura triblástica traduz-se na presença de uma epiderme uniestratificada, abaixo da qual existem duas camadas musculares, sendo a primeira composta por músculos circulares e a segunda por músculos longitudinais. A esse conjunto dá-se o nome de tubo músculo-dermático, ao qual cabem funções de protecção, locomoção e como esqueleto (suportando as restantes estruturas anatómicas).
Para além das características anatómicas e citológicas atrás apontadas, os Platyhelminthes são "definidos mais por aquilo que não apresentam do que por qualquer conjunto particular de especializações". Entre as características em falta, os Platyhelminthes, ao contrário dos restantes bilaterianos, não apresentam cavidade corporal interna, sendo por isso descritos como acelomados. Também não apresentam sistema circulatório ou sistema respiratório com órgãos especializados, ausências que são consideradas aspectos definidores para a classificação anatómica deste grupo de organismos.
Nos platelmintos de vida livre, a epiderme apresenta cílios, utilizados na locomoção. Nas espécies parasitas, existe uma cutícula que envolve o tubo músculo-dermático, conferindo-lhe resistência à acção dos sucos digestivos.
Em resultado de serem organismos acelomados, para além da ausência de sistemas respiratório e circulatório especializados, não formam um sistema digestivo completo, apresentando uma única abertura, a boca, por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes, não apresentando ânus. Outra consequência, especialmente devida à falta de sistema circulatório especializado, é a forma achatada, necessária para que as células fiquem próximas ao meio externo (para respirar) e próximas ao intestino (para obter nutrientes).
Alguns nem tubo digestivo têm, por estarem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele o alimento previamente digerido pelo organismo hospedeiro.

Cnidários



O que são ?

Os cnidários são animais relativamente simples, que vivem em ambientes aquáticos, principalmente no mar (cerca de 99% vivem em água marinha e 1% em água doce).

Existem, atualmente, cerca de 10 mil espécies de cnidários conhecidas.

Principais características dos cnidários:

- Epiderme composta por uma camada de fibras musculares.

- Não possuem sistema respiratório. A respiração é aeróbia, sendo que cada célula faz as trocas gasosas com o meio através do processo de difusão.

- Possuem tentáculos na boca, que é ligada a uma cavidade digestiva. A digestão extra ocorre dentro da célula.

- Apresentam simetria radial.

- Não possuem sistema circulatório.

- Não possuem sistema excretor. A eliminação dos resíduos (excretas) na água é realizado pelas células, através do processo de difusão.

- O sistema nervoso dos cnidários é difuso e composto por rede de células nervosas.

- Em geral, podem alternar entre a forma pólipo e forma livre durante o seu ciclo reprodutivo.

- Os cnidários são carnívoros. Capturam suas presas utilizando os tentáculos. Alimentam-se de vermes marinhos, caranguejos, protistas, peixes e de outros cnidários.

Exemplos de cnidários:

- Medusas
- Águas-vivas
- Anêmonas-do-mar
- Caravelas
- Corais-moles
- Hidras de água doce

Classificação científica:

Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Cnidaria

Classes de cnidários:

- Anthozoa
- Scyphozoa
- Cubozoa
- Hydrozoa
- Staurozoa
- Polypodiozoa

Anatomia


Os cnidários não apresentam tecido muscular verdadeiro. A movimentação do animal é realizado pelas células epiteliais. Por isso, recebem também o nome de células epitélio-musculares. Não há sistema nervoso concentrado, mas uma rede difusa de neurônios multipolares, isto é, que disparam em mais de um sentido.Os cnidários apresentam tipicamente duas formas adultas distintas: o pólipo e a medusa. Assim, tem o ciclo de vida chamado metagenético, ou de alternância de gerações. Ambas as formas apresentam simetria externa radial. O plano corporal básico é simples: o corpo é saculiforme (em forma de saco), com apenas uma abertura circundada por tentáculos: a boca. A região contrária à boca, denominada aboral, é fixa ao substrato nos pólipos, formando um pé; ou é livre nas medusas, formando o topo da umbrela, o domo típico das águas-vivas. Há organização a nível tecidual é simples existindo essencialmente apenas o revestimento externo, a epiderme, e um revestimento interno, a gastroderme. Esses são separados por uma matriz extracelular rígida na qual se ancoram, denominada mesogléia. A mesogléia é o que dá a consistência mais firme e borrachuda em águas-vivas.

Reprodução

Os cnidários são notórios por possuírem vastas diferentes formas de reprodução. Todas as classes podem se reproduzir tanto forma sexuada tanto de forma assexuada, embora existam exceções em cada classe. A forma de reprodução sexuada tipicamente ocorre em alternância de gerações, com uma fase séssil, chamada polipoide, e uma fase livre nadante, a medusa. A reprodução assexuada, também chamada de reprodução clonal, ocorre em antozoários (Classe Anthozoa) e principalmente na forma polipóide de medusozoários (Classes Scyphozoa, Hydrozoa, Cubozoa e Staurozoa).

Os gametas dos cnidários são produzidos em regiões específicas da gastroderme e/ou mesoglea, como os mesentérios ou as bolsas gástricas, denominadas gônadas. As gônadas são formadas a partir da diferenciação de células do interstício de origem endodérmica presentes na gastroderme. Apesar do nome, as gônadas não configuram um órgão ou tecido verdadeiro, visto que esse tipo de estrutura só aparece em ramos posteriores da árvore filogenética dos animais.
De forma geral, as gônadas que já descritas se desenvolvem entre o epitélio gastrovascular e a matriz da mesogléia e têm formato aproximadamente esférico ou são tem forma difusa. A espermatogênese se dá de forma concêntrica, com as espermatogônias localizadas mais externas, em contato com a mesogléia e o epitélio gastrovascular. Os espermatócitos se encontram mais interiores, com as espermátides e, centralmente, os espermatozoides mais interiores. Os espermatozoides de cnidária, diferentemente da maioria dos outros animais, não contém acrossomos. A oogênese ocorre de forma relativamente parecida. Uma célula de origem endodérmica se diferencia em oócito e passa a acumular vitelo, migrando para o interior da gônada. Dependendo da espécie e grupo, o oócito pode estar acompanhado de células produtoras de vitelo ou estar solitário imerso em matriz da mesogléia.
 O processo de gametogênese pode ser bastante longo, durando vários meses (como o caso de alguns corais) ou ser mais rápido (como em algumas medusas).

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Poríferos

Os poríferos, também chamados de esponjas ou espongiários, são animais invertebrados aquáticos e fixos em um substrato. O nome do grupo deve-se pela presença de poros pelo corpo.
Os poríferos pertencem ao filo Porifera. Eles possuem as mais variadas formas, tamanhos e cores. Apresentam um padrão corporal básico, em formato de vaso, tubo ou barril.

Características

Habitat

O habitat da maioria das espécies é o ambiente marinho, poucas vivem em água doce. As esponjas são encontradas fixas no fundo do mar, em rochas, conchas e areia. Podem viver de forma solitária ou em colônias.

Estrutura Corporal

Os poríferos possuem paredes perfuradas por poros e, em seu interior encontra-se uma cavidade denominada átrio ou espongiocele. Na extremidade oposta à base de seu corpo, há uma abertura chamada ósculo.
Externamente, são revestidos pelos pinacócitos, células achadas e unidas. A parede externa dos poríferos é chamada de pinacorderme.
A cavidade interna é revestida pelos coanócitos, células ovoides e com flagelos. O movimento dos flagelos permite a circulação e representa sistema circulatório das esponjas.
Existem ainda os amebócitos, células livres presentes entre as camadas de pinacócitos e coanócitos.
O esqueleto das esponjas é interno e composto por espículas calcárias ou silicosas. Pode ainda ser orgânico, formado por fibras de colágenos, denominadas de esponginas.
As esponjas não apresentam sistema nervoso e tecidos.

Respiração e Alimentação

Os poríferos são animais filtradores. Eles promovem uma corrente de água que entra pelos poros, passa pelo átrio e sai pelo ósculo. Ao entrar, a água fornece oxigênio e ao sair, carrega dióxido de carbono e resíduos. Assim, ocorre a respiração, através das trocas gasosas por difusão.
alimentação se dá através de partículas alimentares suspensas na água, como protozoários e algas unicelulares. As partículas absorvidas são capturadas pelos coanócitos, que digere parte das substâncias. A outra parte é digerida pelos amebócitos, sendo posteriormente distribuída a todas as células.

Reprodução

A reprodução dos poríferos pode ser assexuada e sexuada:

Reprodução assexuada

  • Brotamento ou gemiparidade:ocorre em algumas esponjas, que ocupando um ambiente adequado em termos de temperatura, de oferta de oxigênio e de alimento, crescem bastante e podem desenvolver brotos laterais.
  • Gemulação: ocorre quando algumas esponjas de água doce ficam sujeitas à escassez de água. Nessa condição, elas geram pequenas bolsas, com células em atividade metabólica quase nula e protegidas por um revestimento resistente. Quando as condições voltam a ser favoráveis, forma-se uma nova esponja.
  • Regeneração: as esponjas possuem enorme capacidade de regeneração. Quando cortadas em vários fragmentos e colocadas em condições favoráveis, cada fragmento pode originar um novo indivíduo.

Reprodução sexuada

No mesênquima (porção gelatinosa de seu interior) as esponjas podem formar células reprodutoras.
Os espermatozoides são produzidos a partir de amebócitos e lançados na cavidade central. Esses espermatozoides podem entrar em outra esponja através dos poros e capturados pelos coanócitos, que auxiliam na fecundação do óvulo.
Forma-se então um zigoto que forma uma larva móvel, que nada até se fixar em um substrato, dando origem a nova esponja.

Tipos e Classificação

Existem três tipos de esponjas. Aprenda sobre cada uma delas:
  • Áscon - São as esponjas mais simples. Apresentam forma semelhante a um cilindro oco, com uma abertura superior, o ósculo.
  • Sícon - Esponjas com uma complexidade intermediária. Apresentam o aspecto de um vaso fixo a um substrato.
  • Lêucon - É a forma mais complexa. O átrio é reduzido e a parede do corpo apresenta um sistema de canais e câmaras.
Quanto a classificação, o filo Porifera apresenta três classes, conforme as caracteristicas das espículas e organização celular.
  • Classe Calcarea - Agrupa as esponjas com espículas calcárias. Podem ser dos tipos áscon, sícon ou lêucon;
  • Classe Hexactinellida - Grupo das esponjas com espículas de sílicas. Podem ser sícon ou lêucon;
  • Classe Demospongiae - Esponjas com esqueleto de esponjina, silicioso ou misto. Apenas do tipo lêucon.

Curiosidades

  • Acredita-se que existam mais de 10 mil espécies de esponjas em todo o mundo;
  • Antes da criação das esponjas sintéticas, as esponjas naturais eram usadas no banho;
  • Alguns tipos de substâncias produzidas pelos poríferos podem ser usadas para fabricação de antibióticos.
  • A sobrevivência das esponjas depende do movimento da água em seu interior. Uma esponja com 10 cm de altura e 1 cm de diâmetro chega a movimentar mais de 20 litros de água por dia.


Angiospermas



O que são e características gerais

As angiospermas são plantas que possuem sementes  protegidas por frutos. Estas plantas também apresentam flores.

A presença de flores e frutos é fundamental para o desenvolvimento das angiospermas. As flores possuem cores vivas, néctar e cheiros que atraem pássaros e insetos que vão ajudar no processo de polinização. Já os frutos são importantes para proteger as sementes das plantas.

As angiospermas podem ser divididas em dois grupos:

Monocotiledôneas

- Possuem flores trímeras, ou seja, múltiplas de três;

- Apresentam raízes finas e de tamanho pequeno, logo possuem vida curta;

- Possuem crescimento primário;

- Sementes com um cotilédone (primeiras folhas que surgem dos embriões).

Exemplos de plantas angiospermas monocotiledôneas: milho, centeio, trigo, gramíneas, palmeiras, magnólia, etc.

Dicotiledôneas

- Apresentam raízes profundas;

- Possuem folhas com presença de nervuras;

- Sementes com dois cotilédones;

- Crescimento secundário

- Possuem ciclo de vida maior dos que as monocotiledôneas;

- Algumas espécies apresentam caule lenhoso;

- Possuem flores múltiplas de quatro ou cinco.

Exemplos: ipê, jacarandá, rosas, feijão, vagem, leguminosas, etc.

Curiosidades:

- Existem na natureza cerca de 230 mil espécies de plantas angiospermas.

- Cerca de 65% das angiospermas são dicotiledôneas.

Classificação científica

Reino: Plantae

Superdivisão: Spermatophyta

Divisão: Magnoliophyta ou Angiospermae




Gimnospermas







As gimnospermas são plantas vasculares, normalmente árvores, conhecidas principalmente por uma importante novidade evolutiva: as sementes. O nome desse grupo de vegetais, que significa “semente nua”, faz referência ao fato de não possuírem frutos envolvendo essas estruturas, que permanecem expostas.
As sementes possuem como função principal proteger e alimentar o embrião antes da germinação, por isso essa característica permitiu que essas plantas conseguissem dominar uma área muito maior que a das briófitas e pteridófitas. Essa estrutura reprodutiva é formada a partir do desenvolvimento do óvulo.
No que diz respeito à anatomia dessas plantas, o sistema vascular merece destaque. O xilema das gimnospermas é formado exclusivamente por traqueides, com exceção das Gnetales. Essas últimas apresentam em seu xilema elementos de vaso, característica que as aproxima das angiospermas.
Além dessas características marcantes, as gimnospermas são independentes da água para a reprodução. Nesse grupo de plantas, ocorre o processo chamado de polinização, no qual o gametófito masculino parcialmente desenvolvido (grão de pólen) é levado até o gametófito feminino. Normalmente a polinização em gimnospermas ocorre pelo ar (anemofilia).
Após o processo de polinização, o grão de pólen germina e dá origem ao tubo polínico, que conduz os gametas masculinos até o arquegônio, não necessitando, portanto, de água. O período compreendido entre o momento da polinização e a fertilização é demorado, podendo levar até mesmo um ano para ser completado.
O gametófito feminino geralmente produz vários arquegônios e, com isso, mais de uma oosfera pode ser fecundada. Caso isso aconteça, inicia-se o desenvolvimento de vários embriões em um óvulo, processo que é conhecido como poliembrionia.Vale destacar, no entanto, que na maioria das vezes apenas um embrião completa seu desenvolvimento.
Essas plantas não possuem flores, diferentemente do que muitas pessoas afirmam. As estruturas reprodutivas das gimnospermas são os chamados estróbilos, que são folhas férteis onde estão presentes os microsporângios ou os megasporângios. Os estróbilos podem ser femininos ou masculinos e podem ocorrer em uma mesma planta ou em indivíduos diferentes. Apesar de se assemelharem às flores, essa característica só está presente em angiosperma.
As gimnospermas são bastante exploradas economicamente. Algumas possuem alto potencial madeireiro e outras são usadas na fabricação de papel. Além dessa utilização, são bastante utilizadas como plantas ornamentais, principalmente os pinheiros, que são extremamente usados em épocas de natal.
Atualmente podemos classificar as gimnospermas em quatro divisões principais: Coniferophyta, Cycadophyta, Gnetophyta e Ginkgophyta. Entre essas divisões, a que mais se destaca é a Coniferophyta, grupo também chamado de coníferas e que inclui plantas como pinheiros e ciprestes. O nome desse grupo vem do fato de que o seu estróbilo possui formato de cone.
As gimnospermas ocorrem normalmente em áreas temperadas, sendo bastante comuns no Hemisférios Norte. Em nosso país, essas plantas são pouco representativas, sendo encontradas atualmente apenas três das quatro divisões existentes: Coniferophyta, Cycadophyta e Gnetophyta.


Pteridófitas

O que são

As Pteridófitas são plantas vasculares que não possuem sementes. 

Características principais

- Cormo composto por raiz, caule e folhas;

- São traqueófitas, ou seja, possuem um sistema de condução que transporta a seiva das raízes até as folhas. Nestes dutos também são transportados alimentos para o restante do organismo;

- Possuem folhas divididas em folíolos;

- As folhas novas surgem enroladas;

- A maior parte das espécies possui reprodução sexuada, porém, algumas podem se reproduzir assexuadamente através de brotamento.

- O sistema de transporte de seiva possibilita sustentação à planta;

- Possuem a capacidade de se desenvolverem sobre o tronco de árvores;

- Possuem caule, chamado de rizoma, muito parecido com uma raíz.

Exemplos:

- Avencas

- Samambaias

- Xaxins

- Cavalinha

Reprodução da pteridófitas

1 - No esporângio (órgãos que produzem esporos) das plantas, através de meiose, as células diploides são transformadas em haploides.

2 - O esporângio se parte e os esporos haploides caem no solo.

3 - Os esporos germinam dando origem ao protalo (estrutura com formato de coração).

4 - O protalo tem a capacidade de produzir gametas, pois é uma planta sexuada. Essa fase dura pouco tempo.

5 - O protalo possui um órgão reprodutor feminino e outro masculino.

6 - Os anterozoides (gametas masculinos) se dirigem até a oosfera (gameta feminino das plantas) fecundando-a.

7 - O embrião que nasceu é diploide. A nova planta adulta é criada, pois as células do embrião se dividem por mitose.

Curiosidades

- As plantas pteridófitas foram as primeiras que desenvolveram um sistema destinado ao transporte de seiva.

- São muito usadas como plantas ornamentais, principalmente as samambaias.

- Algumas espécies de samambaias podem crescer até 15 metros.